sexta-feira, abril 21, 2006

FSF 2 (Continuação)

“No Sporting…há diversos tipos de sobreviventes do “roquetismo”. Vieram de muitos lados e têm agora pelo menos 60 milhões de contos de passivo a uni – los depois de anos a proclamarem virtudes de uma gestão empresarial aplicada ao futebol. Estes necessitados e bajuladores de ocasião acotovelam – se nos corredores a recitarem a ladainha dos altos interesses” do clube e foram eles quem forneceu a FSF o piedoso alibi de que este necessitava para esquecer o valor da palavra e avançar para a concretização do velho e legítimo desejo que sempre encobriu de forma sonsa e desajeitada.
…FSF ficou no lugar de Dias da Cunha para “preparar eleições”. Andou meses com essa lengalenga. Depois anunciou ao mundo que o clube estaria falido a curto prazo se não vendesse património para aliviar o serviço da dívida. Ainda assim ele apresentava – se disponível para assumir as dificuldades e continuar a subir as escadas entre a OPCA e o último andar de um dos edifícios a alienar, o da sede. Nisto andou duas AG….A seguir á derrota houve tempo para reconfirmar várias vezes a palavra de honra dada aos sócios de que não seria candidato. FSF corre o risco de ser eleito….mas isso não lhe resolverá o grande problema de credibilidade pessoal com que terá de enfrentar todos os actos futuros como presidente do clube. O valor da sua palavra será glosado em situações vindouras, dentro e fora de Alvalade, de forma adequada aos resultados e com a violência que as polémicas impuserem.
O problema ainda e sobretudo, é que FSF avança para a candidatura sem nenhuma certeza de que a sua pretensão (de venda de património) venha a ser aprovada pelos dois terços de sócios presentes em AG. Se não vier a sê –lo, e olhando para o que ele disse antes sobre a situação da dívida e sobre não haver outro caminho para o Sporting, poderemos ser tentados a acreditar que está a ser candidato a presidente da comissão liquidatária. A não ser que estivesse igualmente a mentir sobre a situação do clube. Estava?…FSF ….Já não è a cara de um projecto novo, nem só a caraça de um roquetismo a procurar esconder a falência e um ou outro negócio que sócios ilustres pretendem ver esclarecidos em tribunal (como a venda dos terrenos do velho estádio): é uma caricatura do candidato credível que esteve ao seu alcance poder ter sido – e já não será por exclusiva culpa pessoal. O passo seguinte será a hipoteca do futebol ao lote de amigos que dominou Alvalade durante uma década por debaixo dos sucessivos treinadores. È só esperar para ver….estamos condenados a ver histórias tristes, como esta, a coberto do pseudo respeito pelos sócios, que no Sporting, no tempo de Roquette na primeira pessoa, valiam o que valiam.”

Impressionante!!!

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